sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Congresso Internacional de Geoturismo em Arouca

Resposta da edp acerca da contribuição áudio-visual




Estimado Cliente

Gostaríamos de agradecer a sua mensagem de resposta, pela qual vem reafirmar a sua discordância relativamente ao pagamento do valor respeitante à contribuição para o áudio-visual, a qual mereceu a nossa melhor atenção.
Contudo, conforme informámos anteriormente, a EDP Serviço Universal encontra-se, enquanto comercializadora de electricidade, obrigada, por lei, a liquidar e facturar a referida contribuição conjuntamente com o preço do fornecimento de energia, não constituindo essa contribuição uma receita sua.
Efectivamente, tal obrigação resulta do n.º 5 do artigo 5.º da Lei n.º 30/2003, de 22 de Agosto, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 169-A/2005, de 3 de Outubro, e pelo Decreto-Lei n.º 230/2007, de 14 de Junho, pelo que, independentemente da inexistência de uma relação contratual entre V.Ex.a e a Rádio e Televisão de Portugal, não se encontra na livre disposição da EDP Serviço Universal poder deixar de facturar a referida contribuição, com excepção dos consumidores cujo consumo anual seja inferior a 400 kWh, uma vez que estes se encontram legalmente isentos da contribuição.
Nessa medida, e não se encontrando o caro Cliente na referida situação de isenção, deverá proceder ao pagamento, em conjunto, do preço da electricidade e da contribuição áudio-visual, conforme consta da respectiva factura. Mais alertamos que a não realização desse pagamento conjunto obriga a EDP Serviço Universal a informar a Direcção-Geral dos Impostos da falta de pagamento do referido tributo.

Com os melhores cumprimentos,
Rui Carvalho
(EDP - Serviço)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Grande pescaria!

Connosco é assim, após a nossa passagem, seja lá por onde for, o peixe entra em vias de extinção, ou não...
Vide bem, que no passado Sábado começamos a pescar em água doce na Pateira de Fermentelos. Saiu uma carpita. E quem é que a pescou? Pois, foi cá o je! A malta estava muito instável, sem paciência (o que não favorece a actividade), por isso lá fizemos as malas e fomos para a Ria de S. Jacinto. Em água salgada, o festival (de seca) continuou…
Chegou o meio-dia. O Abeceiras tratou dos grelhados com o Pena Amarela. Comemos e deixou de haver pachorra para a pesca.
A maré começou a subir, pensamos que iria trazer peixe, mas nada, só umas agulhetas…
Terminamos todos juntos, na Torreira, a falar da vida dos outros e a comer camarão que o Pena Amarela insistiu em ir comprar. E essa foi a melhor parte.





Ainda o Marés Vivas, à chuva...





sexta-feira, 22 de julho de 2011

The Cranberries - Zombie - Live Marés Vivas 2011


MUITO BOM. Depois dos Smashing Pumpkins no Coliseu do Porto, este foi, sem dúvida, o 2.º melhor concerto da minha vida!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Mia Couto - Geração à Rasca - A Nossa Culpa

"Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos. Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais. São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração. São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida. E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?"
Onde é que se assina?!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Renascer...

Este é o meu primeiro post em 2011. Ainda não o tinha feito porque o meu tempo tem sido consumido por outros motivos que não posso descurar. Porém, desde o dia 22 de Janeiro tenho tido vontade de passar por aqui e escrever umas linhas, através das quais pretendo congratular a iniciativa, a coragem e a vontade da malta de Nogueiró (e não só) que está novamente a dar vida à “2002”, uma Associação pioneira e que foi, em tempos não muito distantes, uma referência do associativismo juvenil, não só no concelho de Arouca, mas também no distrito de Aveiro e no país.
Uma associação que se pautava pela programação, produção e participação em diversas actividades comunitárias, desportivas, culturais, recreativas ou simplesmente de lazer.
Por intermédio da Associação, os topónimos Nogueiró e Arouca foram levados a todos os cantos do país, às Regiões Autónomas da Madeira e Açores, assim como a vários países europeus.
As actividades da 2002 encheram páginas de jornais durante anos a fio, envolveram pessoas de todas as idades e de todas as cores, fomentaram o convívio entre diferentes culturas, criaram amizades, estabeleceram empatias e laços que geraram intimidades, namoros e casamentos… Foi lindo. Muitos convívios, muitos quilómetros percorridos, muitos acampamentos (Mira deixou marcas que ainda hoje gosto de relembrar), muitas directas, muitas caçadas aos gambozinos, etc…
Muitas outras coisas aconteceram, até que a Associação se foi esbatendo, lenta e implacavelmente. A força humana que lhe dava vigor foi desaparecendo, por desmotivação, por laxismo ou, simplesmente, porque tudo na vida se transforma…
Mas hoje, a malta de Nogueiró está de parabéns, há no Lugar uma força rejuvenescida, que espero não se acabar, para que a 2002 Nogueiró progrida, para que volte a envolver e a criar ligações. O slogan “Liga-te a esta ideia” parece-me bem e demonstra aquilo que é pretendido pela direcção que o João agora preside.
Espero, sinceramente, que os meus amigos tenham noção da responsabilidade que este projecto acarreta, que dêem asas à imaginação e à criatividade, pois acreditem, vão precisar delas. Espero que nunca se verguem às vicissitudes com que certamente irão ser confrontados. Não se resignem às rotinas, ao vulgar, aos caminhos fáceis. Não caiam nos erros de outros. Não transformem a 2002 Nogueiró num simples espaço de animação nocturna, num grupo restrito de amigos. Desenvolvam a Associação, abram-na à comunidade, ofereçam diversidade, sejam multiculturais, acreditem, surpreendam. Só assim, poderão renascer…

Liga-te a esta ideia em:
http://pt-pt.facebook.com/pages/2002-Nogueiro/191060047574663